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Drones

 

 

Projetos secretos:

Nave espacial X-37B continua sendo desenvolvida

Faz alguns meses, o Programa X-37B lançou uma nave espacial não tripulada através de um foguete

Atlas 5 da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, em 11 de dezembro de 2012.

O lançamento deu início a uma missão cujos objetivos e cargas são “desclassificados”.

 

Por Pepe Chaves*

Para  Via Fanzine

BH-05/06/2013

 

Imagem de reconstituição mostra as funções em órbita do avião espacial

reutilizável, que pertence a um programa da Força Aérea dos EUA.

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Para muitos leitores do escritor Aldous Huxley, já estamos vivenciando o dito “admirável mundo novo”. Vidas vigiadas por satélites, poderosas armas em órbita, robôs assassinos, experiências com DNA e aeronaves secretas são tópicos que estão, cada vez mais, saltando das histórias de ficção científica e ganhando passos largos na vida real.

 

Entre estas inovações contemporâneas de ponta destaca-se o avião robótico espacial OTV-3 (X-37B) da Força Aérea Americana (USAF) que, discretamente, ultrapassou a marca de cinco meses em sua última missão secreta em órbita da Terra.

 

Faz alguns meses, o Programa X-37B lançou uma nave espacial não tripulada através de um foguete Atlas 5 da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, em 11 de dezembro de 2012. O lançamento deu início a uma missão cujos objetivos e cargas são “desclassificados”.

 

Essa nave secreta é conhecida como Veículo de Teste Orbital-3 (OTV-3), cujo número 3 designa a sua terceira missão pelo programa X-37B da USAF.

 

Todo o cruzeiro do OTV-3 é confidencial e detalhes de sua viagem são completamente desconhecidos do público. No entanto, uma rede civil de vigilantes celestiais tem acompanhado essa missão à medida que progride.

 

Ted Molczan, líder na comunidade mundial de rastreadores por satélite em Toronto, Canadá, conversou com o portal Space.com. “Certamente, é importante não nos esquecermos desses programas, a observação cuidadosa durante um longo tempo, pode fornecer as pistas para finalmente resolvermos o mistério”, afirmou sobre a observação do projeto secreto americano.

 

Apesar de realizar várias “observações em campo”, Molczan disse suspeitar que qualquer avanço na busca de informações sobre missões orbitais do Projeto X-37B será mais provável através de vazamentos aos jornalistas.

 

Segundo ele, “Observações entusiastas podem proporcionar comprovação e alguns detalhes interessantes, até mesmo úteis, mas raramente são suficientes (...), especialmente para os novos programas”, afirmou Molczan ao Space.com.

 

Aeronave preparada para lançamento a baixa altitude.

 

Especulando a missão

 

Observadores de satélites notaram que no início de março de 2013, o OTV-3 foi elevado à altitude de 46 km, para depois distanciar a sua órbita até os 399 km de altitude. Segundo os observadores, a inclinação da nave permaneceu em 43,5 graus.

 

“Tal como acontece com as missões anteriores, uma altitude praticamente constante é mantida por meio de ações periódicas do motor”, disse Molczan. Ele também afirma que, “A precisão e a frequência dessas ações podem ser fortes indicativos de se tratar de uma missão de imageamento ou reconhecimento. Acho essas informações inconclusivas, mas um especialista em sensoriamento remoto poderia ver algo que eu não posso ver nesses dados”, declarou Molczan.

 

Os funcionários X-37B se negam a comentar o voo atual, eles disseram que não iriam falar sobre a missão, pois é a realização de uma operação em curso.

 

Em piloto automático

 

Independente d as observações que o OTV-3 esteja fazendo em órbita, esse avião espacial já contabilizou um marco programático: o de reutilização.

 

Este mesmo veículo foi levado na viagem inaugural que marcou a volta do programa X-37B, em 2010. Então, o OTV-1 permaneceu em uma missão que durou aproximadamente 225 dias em órbita. Ao findara missão, a nave deslizou de volta a Terra com seu o piloto automático sobre o Oceano Pacífico e aterrissando na Vandenberg Air Force Base, na Califórnia.

 

A missão anterior, OTV-2, que usou uma nave X-37B diferente, foi lançada da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, em março 2011. Essa nave permaneceu em órbita com experimentos para 469 dias – teve mais do que duplicando o espaço de cargas em relação ao da sua irmã - e também aterrissou em Vandenberg.

 

Contudo, os pousos das naves X-37B não poderão continuar sendo realizados em Vandenberg, devendo ser transferidos para a pista de pouso do ônibus espacial no Centro Espacial Kennedy, ao lado do Cabo Canaveral.

 

A utilização da infraestrutura de um antigo transporte espacial é vista como uma possível medida de corte aos custos para o programa, segundo disseram alguns funcionários.

 

Operações de baixo custo

 

Pouco antes do voo inaugural do programa X-37B em 2010, Gary Payton, subsecretário da Força Aérea para os programas espaciais, destacou alguns dos seus objetivos.

 

Em uma entrevista à imprensa, Payton assinalou a esperança para manter operações de baixo custo e manutenção (O & M) das aeronaves.

 

“Uma vez que trouxemos o pássaro de volta, temos que ver o que é realmente necessário para esta ave voltar a voar de novo”, disse Payton.

 

Prioridade do programa

 

Para Payton, a prioridade é dotar o veículo de seus próprios sistemas para controle de voo autônomo, a nova geração de revestimentos de sílica e o implante de outras novas tecnologias que estão no fim de uma geração.

 

De acordo com ele, “Ao contrário dos veículos tripulados, este não tem um sistema para armazenagem de combustível. Ele tem painéis solares, além de baterias de íon de lítio, enquanto os veículos tripulados necessitam de hidrogênio/oxigênio em suas células de combustível. Portanto, há algumas diferenças fundamentais”, disse Payton.

 

Supostamente, há apenas duas naves espaciais X-37B que teriam sido construídas para a Força Aérea Americana pela Boeing Space Systems. Mas, Payton disse ao Space.com que é possível que a frota possa crescer, mas dependerá do sucesso dos dois primeiros veículos, do custo de operação, a manutenção e a facilidade de recuperação entre as missões.

 

“Na verdade, essas naves não carregam nossos maiores satélites... Mas, por outro lado, elas podem fazer um trabalho muito bom em nossos satélites menores”, disse Payton.

 

 

Aterrissagem do C-37B.

O controle da missão

 

O desenho do X-37B lembra um pouco uma miniatura do ônibus espacial. O veículo é tem 29 pés (8,8 metros) de comprimento e 15 pés (4,5 m) de largura.

 

Todos os voos dessa nave espacial estão sob os auspícios do Escritório da Força Aérea, uma organização que realiza operações de risco, experimentação e desenvolvimento de conceito de operações para tecnologias de veículos espaciais reutilizáveis.

 

O controle da missão para os voos OTV está a cargo do terceiro Esquadrão Espacial, para Experimentação na Base da Força Aérea em Schriever, Colorado. Esta unidade é anunciada como a principal organização do Air Force Space Command que executa demonstrações espaciais, trabalhos desbravadores e testes experimentais.

 

Após uma reestruturação organizacional, em abril deste ano, o terceiro Esquadrão Espacial foi mantido sob responsabilidade do Air Force Space Command, mas foi transferida para o Grupo de Operações 50, em Schriever.

 

O Terceiro Esquadrão é um dos dois esquadrões de rastreamento para o espaço profundo, através de sistemas localizados em todo o mundo. Estes grupos têm por missão manter seus sensores em objetos que orbitam muito acima da Terra, informando as agências que utilizam estes dados para fins variados, inclusive, prevenção de colisões.

 

Revolução robótica

 

A concepção do X-37B obedece a uma tendência mais ampla na qual, cientistas e governos estão cada vez mais investindo em robôs reutilizáveis para espionar, mapear, localizar ou matar pessoas, bem como explorar e observar o nosso planeta.

 

Sobre esse desenvolvimento tecnológico, afirmou Peter Singer, diretor do Centro para Segurança e Inteligência da Brookings Institution, em Washington, “A revolução robótica não se limita apenas à nossa atmosfera. Estamos vendo sistemas não tripulados assumirem mais e mais funções das alturas do espaço até as profundezas do mar”.

 

“Na verdade, essa não é uma história tão longa envolvendo sistemas não tripulados no espaço, mas um domínio em que estamos crescendo através da vontade para fazer perguntas sobre a necessidade do papel de um ser humano”, disse Singer.

 

Singer declarou ao Space.com que o X-37B também é importante estrategicamente, “na medida em que dá aos militares dos EUA mais flexibilidade em suas operações espaciais em termos de lançamento e vigilância. Preenche uma lacuna interessante entre o que aviões espiões tradicionais e satélites espiões pode fazer”.

 

O uso acentuado dessas novas tecnologias está refletindo em algumas nações miseráveis que também anseiam por deter este poder. Fato é que, no meio militar, sobretudo, nos EUA e na Europa, o desenvolvimento dessas aeronaves se mostram como uma forte tendência, justamente, por suas múltiplas possibilidades de utilização em órbitas baixas ou altas.

   

* Com informações de Leonard David/Space.com (EUA).

 

- Fotos: NASA / MSFC.

 

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